Discos de vinil de alta definição podem chegar às lojas em 2019

Por: Pedro Tróia
Tempo de leitura: 3 min

A startup austríaca Rebeat Innovation acaba de receber 4,8 milhões de dólares de investimento para desenvolver uma nova forma de fabrico de discos de vinil, que se chama “High Definition Vinyl”. Segundo a patente que descreve o processo, os discos fabricados através desta técnica oferecem um tempo de reprodução mais longo, volume melhorado e melhor qualidade de áudio.

Para criar um disco de vinil de alta definição, o som original é primeiro convertido num mapa topográfico em 3D, depois é usado um laser para gravar esse mapa num molde, que, por sua vez, serve para imprimir os discos de vinil. Este método não é assim tão diferente do tradicional em que uma agulha grava sulcos num disco, que depois é usado para criar uma cópia mestre para construir o molde que será usado para imprimir os discos. A inovação da Rebeat Innovation está na utilização de ferramentas mais precisas que, segundo a empresa, vai melhorar a qualidade do produto final, com menor perda de informação e também elimina alguns passos do processo de fabrico.

A Rebeat Innovation diz que os discos fabricados segundo este método terão mais qualidade de som, 30 por cento mais duração e também ter mais 30 por cento de volume, em relação aos discos de vinil tradicionais. Estes discos de alta definição vão funcionar da mesma forma que os tradicionais e podem ser lidos nos gira discos que já existem, sem que seja necessária qualquer alteração às agulhas que existem hoje em dia. Mas claro que, quanto melhor for o gira discos e a agulha, melhor será a qualidade do som.

Não espere, no entanto, que estes discos cheguem já às lojas, porque a empresa só vai receber o equipamento de gravação laser em Julho. Assim que que o sistema estiver operacional vão ser criados moldes de teste que serão apresentados no evento Making Vinyl, que será realizado em Detroit em Outubro. Depois dos ajustes finais, a empresa espera lançar os primeiros discos no verão de 2019.

Sou director da PCGuia há alguns anos e gosto de tecnologia em todas as suas formas. Estou neste mundo muito por culpa da minha curiosidade quase insaciável e por ser um fã de ficção científica.
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