Ink to Code da Microsoft transforma rabiscos em interfaces

Por: Pedro Tróia
Tempo de leitura: 3 min

Todos sabemos que a inspiração é daquelas coisas que podem “atacar” quando menos se espera e, normalmente, nos sítios mais inconvenientes. Muitas vezes a única coisa que está à mão é uma caneta e um guardanapo, ou uma toalha de papel que ficam rapidamente cheios de rabiscos que dão uma ideia geral de como é que a ideia que surgiu vai funcionar. Se essa ideia for uma aplicação, o novo projecto da Microsoft Garage pode dar uma ajuda.

Trata-se de uma aplicação para Windows e chama-se ‘Ink to Code‘ e serve para transformar os rabiscos que se fazem durante o processo criativo em interfaces para apps para Windows e Android.

Note que não transformam os rabiscos em apps funcionais, mas conseguem interpretar o que está no papel e transformar os vários elementos em texto digital, caixas e botões. Tudo sem ter de escrever uma única linha de código. Segundo a Microsoft, esta aplicação utiliza a tecnologia Smart Ink do Windows 10 para reconhecer objectos e depois, em conjunto com a ferramenta de programação Visual Studio, digitalizar o que está no papel.

Segundo um dos criadores do projecto, Alex Corrado:

Colocar as ideias para uma nova app ou funcionalidade no papel é das coisas mais rápidas e naturais que ocorrem durante o processo de criação. Depois o complicado é colocar tudo em código, o que pode significar fazer 10, 20 ou 30 versões diferentes.

A aplicação Ink to Code ainda está a dar os primeiros passos e é referido pela Microsoft que este é um protótipo para fazer protótipos, mas que pode eventualmente ser uma ferramenta útil em sessões de brainstorming e mesmo encorajar a colaboração entre pessoas com níveis de conhecimento de design e programação. Neste momento a aplicação só está disponível para utilização nos Estados unidos e Canadá e não há nenhuma indicação de quando é que ficará disponível noutros mercados.

A Microsoft Garage é uma plataforma da empresa que permite aos empregados desenvolverem projectos que não tenham directamente a ver com as suas áreas específicas de actuação.

Sou director da PCGuia há alguns anos e gosto de tecnologia em todas as suas formas. Estou neste mundo muito por culpa da minha curiosidade quase insaciável e por ser um fã de ficção científica.
Exit mobile version