Segundo estudo da Kaspersky há uma postura de indiferença quanto à segurança dos dispositivos móveis

Por: Luis Vedor
Tempo de leitura: 3 min

Alteração dos hábitos de utilização da Internet, maior dependência de dispositivos móveis e uma postura indiferente quanto à segurança dos seus dispositivos são indicados como as áreas de cibersegurança chave no mais recente Kaspersky Cybersecurity Index da Kaspersky Lab – um conjunto de indicadores desenvolvidos para mostrar as mudanças no comportamento dos utilizadores da Internet e os riscos a que estes estão sujeitos.

Na primeira metade do ano de 2017, o Index revelou que os utilizadores estão a usar cada vez mais o telemóvel, que os utilizadores mais velhos enfrentam um maior número de perigos e que a quantidade de utilizadores protegidos por soluções de segurança que foram atacados diminuiu. A investigação descobriu que, actualmente, os utilizadores preferem os dispositivos móveis para as suas actividades online.

Usando o e-mail como exemplo, 78% dos utilizadores acedem às suas contas de e-mail a partir de computadores, comparado com 87% nos seis meses anteriores.

Cerca de 67% fazem-no a partir dos seus dispositivos móveis, que aumentou face aos 59% registados na segunda metade de 2016.

A proporção de utilizadores que recorrem a dispositivos móveis para compras online atingiu os 50% (dos 41% registados nos seis meses anteriores) enquanto o número de utilizadores que fazem compras online a partir dos seus computadores diminuiu de 80% para 75%. Esta tendência é observada na maioria das actividades online monitorizadas pelo Index.

Além disso, o número médio de dispositivos por habitação apresentou uma ligeira diminuição – em grande parte devido à redução do número de computadores. Paralelamente, a proporção de utilizadores protegidos também diminuiu.

Enquanto em 2016, apenas 39% dos inquiridos não tinha todos os seus dispositivos protegidos, agora 41% dos utilizadores admitiu não utilizar qualquer tipo de protecção.

Os utilizadores de dispositivos Android enfrentam hoje em dia programas de ransomware que encriptam os dados dos utilizadores no smartphone em troca de um resgate; malware com o objectivo de roubar dinheiro de aplicações móveis de bancos; e páginas Web de phishing desenvolvidas para ganhar acesso ilícito às contas dos utilizadores em redes sociais, por exemplo.

Como resultado, durante o período temporal analisado, um em cada quatro inquiridos (27%) reportou ter sido vítima de um cibercrime em algum tipo de dispositivo.

Apesar da proporção média de utilizadores afectados ter diminuído ao longo dos seis meses do ano, esta diminuição só ocorreu entre os inquiridos que tinham soluções de segurança instaladas nos seus dispositivos.

Utilizadores mais velhos (com idades a partir dos 55) estavam sobre maior risco no 1º semestre de 2017, enquanto no 2º semestre de 2016 apenas 12% destes utilizadores afirmaram ter encontrado uma ameaça online. No 1º semestre deste ano o número aumentou para 19%, a maioria dos quais reportou ter encontrado algum tipo de malware.

Via Kaspersky Lab.

Por: Luis Vedor
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