Review – Nokia 5

Por: Pedro Tróia
Tempo de leitura: 5 min

A Nokia foi um gigante. Durante muito tempo assumiu-se como o maior fabricante mundial de dispositivos móveis. A marca foi, e é, fortíssima. Mas o facto é que não soube acompanhar as tendências do mercado de dispositivos móveis muito por culpa dela própria e não de qualquer fatalidade do destino. Foi um dos primeiros fabricantes de smartphones. Teve uma loja de aplicações anos antes dos outros, mas não soube abri-la à comunidade.

Em 2012, vendeu a divisão de desenvolvimento e fabrico de smartphones à Microsoft, mas ficou com a divisão de infraestruturas, que comprou à Siemens. Por isso é que digo que nunca se foi embora.

A Nokia está de volta? Mais ou menos…

Agora a HDM Global, uma empresa formada por ex-funcionários da Nokia original, licenciou a utilização da imagem da empresa e começou a desenvolver e a fabricar telefones. Os primeiros modelos estão a chegar agora ao mercado. Coube-nos agora analisar o Nokia 5, o smartphone de gama média da HMD.

O Nokia 5 é um terminal com uma qualidade de construção muito bem conseguida. A parte de trás é em metal e o vidro frontal tem uma ligeira curvatura nos rebordos. A Nokia decidiu colocar as antenas nas extremidades do equipamento para evitar ter faixas de plástico na peça traseira, como acontece noutros dispositivos deste género.

Design cuidado

Os únicos botões físicos que o Nokia 5 tem, são o da energia e os do volume. De resto, tudo é virtual. No entanto, não são gráficos no ecrã, são espaços na moldura. Aqui está ainda o leitor de impressões digitais.

No que respeita ao design, o Nokia 5 não faz lembrar nada que a Nokia tenha feito. Ainda não há uma imagem de design própria que a consiga distinguir de tantos outros terminais à venda hoje em dia. Na parte de trás, o logo na continuação da câmara evoca marginalmente os últimos terminais que a Microsoft lançou com a marca Nokia. Mas é tudo.

Sem skins

O software que a Nokia escolheu para 5 é o Android “puro”. Ou seja, não existem quaisquer personalizações do sistema operativo, finalmente! Na minha opinião (e salvo honrosas excepções), as personalizações do Android só servem para confundir os utilizadores e criar um peso-extra nos recursos dos dispositivos.

Ter o Android em estado puro num dispositivo não é um sinal de pobreza, é um sinal de pragmatismo e eficácia. Outra vantagem é que não há necessidade de se validarem as actualizações que a Google faz periodicamente. Quando são disponibilizadas é só instalar! Neste sentido, a utilização do Nokia 5 é excelente. Tudo flui e está nos sítios certos. É mesmo uma das melhores “funcionalidades” deste smartphone. Ah, e o “toque Nokia” está lá. Só para o caso de se estar a interrogar. Até o sinal de chegada de mensagens é o mesmo. Estas são talvez as únicas concessões que a Nokia fez no campo da personalização.

Pontos menos bons: em termos de especificações, os 2 GB de memória podem ser um pouco curtos e os 16 GB de armazenamento, também, apesar de poder ser ampliado com cartões de memória microSD.

Ponto final

Esta é uma máquina de gama média bem construída, que usa bons materiais e que proporciona uma experiência de utilização muito agradável. O preço não choca minimamente, para um equipamento que não é muito rápido nem tem uma bateria duradoura. No entanto, é um Nokia. E, para muitos, isso basta!

+ Construção e materiais
+ Android
– Memória

Experiencia de utilização: 5,5
Medições: 1,26
Preço: 1
Nota final: 8

AnTuTu 3D Mark Ice Storm Unlimited: PCMark 8 Work: PCMark 8 Autonomia
45 171 9521 3678 523 minutos

Ficha técnica
Processador: Qualcomm Snapdragon 430,
Memória: 2 GB RAM
Armazenamento:
16 GB (expansível através de cartões microSD até 128 GB)
Câmaras: 13 MP e 8 MP
Ecrã: 5,2” LCD IPS (1280 x 720, 16:9)
Bateria: 3000 mAh
Dimensões:
149,7 x 72,5 x 8,05 mm

Sou director da PCGuia há alguns anos e gosto de tecnologia em todas as suas formas. Estou neste mundo muito por culpa da minha curiosidade quase insaciável e por ser um fã de ficção científica.
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