Descomplicómetro – Drone

Por: Gustavo Dias
Tempo de leitura: 3 min

Embora o termo ‘drone’ seja utilizado para qualquer veículo pilotado remotamente, esta palavra tem agora servido para designar os pequenos veículos com múltiplos rotores que funcionam como um pequeno helicóptero telecomandado, para captação de imagens.

O termo ‘drone’ começou a tornar-se comum durante as guerras no Iraque e Afeganistão, onde a USAF (Força Aérea Norte Americana) usou inúmeros modelos como o MQ-9 Reaper para vigilância e ataques a alvos estratégicos, com a vantagem de permitirem aproximar-se dos alvos sem colocar em risco a vida dos pilotos.

Porém, mais recentemente, a designação ‘drone’ ganhou outro sentido, mais “benigno” e útil para o dia-a-dia dos seus utilizadores: o da captação de imagens em locais remotos, dispensando o uso de equipamentos dispendiosos, como helicópteros, gruas e outros. A utilização de drones passou a ser uma solução quotidiana para inspectores de sistemas como aparelhos de produção de energia eólica, bem como para criadores de conteúdos audiovisuais, como produtores de vídeo.

Comercialização

Embora seja possível criar um drone de raiz, através da montagem de diversos componentes que estão facilmente acessíveis em lojas online, e algumas físicas, existem diversos fabricantes que estão a comercializar soluções completas. A vantagem está na melhor integração com as câmaras existentes, estando os drones equipados ainda com sensores e software avançado. Estes permitem compensar rajadas de vento para estabilizar a imagem das câmaras, bem como para se desviarem em tempo real de obstáculos.

Actualmente, a marca mais conhecida e bem-sucedida é a DJI, um gigante chinês que se especializou no desenvolvimento de drones, que podem ser usados por utilizadores domésticos e entusiastas, bem como por profissionais da indústria cinematográfica.

Sistemas e funcionamento

Um drone é constituído por um corpo com, pelo menos, quatro hélices, que o permitem manter no ar, de forma estável, com várias câmaras ou com uma câmara mais pesada. Além dos motores, o drone tem de usar um giroscópio e um IMU (Unidade de Medição de Inércia) para o estabilizar, bem como todos os sensores e motores para controlo de voo.

O receptor de sinal de GPS é igualmente fundamental para permitir a navegação do drone, não só para (em conjunto com as antenas) a transmissão de toda a telemetria, como para garantir que, caso a bateria esteja baixa ou perca o sinal, este saiba regressar ao ponto de origem de forma segura.

Alguns drones têm uma câmara frontal que permite criar um efeito de FPV (Visão de Primeira Pessoa), facilitando as manobras de voo do mesmo. Falta referir um elemento fundamental, o gimbal, ou estabilizador de imagem. Este é um sistema de apoio e estabilização da câmara principal, que será usada para gravação de imagem ou vídeo durante o voo.

Etiquetas:
Seguir:
Editor da revista PCGuia, com mais de 10 anos no mercado de publicações tecnológicas. Grande adepto de tudo o que seja tecnológico, ficção científica e quatro rodas.
Exit mobile version