Review – Kubo K811

Por: Gustavo Dias
Tempo de leitura: 5 min

A KUBO, marca pertencente à Worten, acaba de entrar no mundo dos computadores híbridos, com dois novos modelos: o K811 aqui testado e o K710. As únicas diferenças entre estes são o preço (menos 50 euros para o K710), a quantidade de memória instalada e a dimensão do ecrã, embora ambos partilhem a mesma resolução. Porém, onde este modelo se destaca é na capacidade de oferecer, por um preço realmente apelativo, um híbrido 2-em-1 que funciona como um competente tablet Windows 10 ou um bom computador verdadeiramente portátil, quase ultrabook quando acoplado com a base com teclado. É certo que, bastando olhar para as características técnicas, não podemos assumir que estamos perante um equipamento perfeito, em termos de desempenho, mas desempenhou durante uma semana de uso intensivo, o seu trabalho, tendo este texto sido escrito no próprio equipamento, a 3700 quilómetros de distância da redacção, em Heraklion (Grécia).

Qualidade de construção
Assumo que fiquei surpreendido com a qualidade de construção deste KUBO K811, com grande parte dos elementos do chassis a recorrerem ao alumínio e à sempre agradável camada de textura em borracha que, em conjunto com alguns pés no mesmo material, garante a aderência fundamental para evitar alguns acidentes inesperados.

O teclado, com teclas isoladas (em forma de chiclete), tem um toque agradável, pecando apenas pelo touchpad: numas ocasiões parece ser exageradamente sensível e noutras, não, embora esse ponto possa ser minimizado, usando um rato ou o ecrã táctil. E já que falo em ecrã, este equipamento vem equipado com um display de 11,6 polegadas, de formato bastante panorâmico, com a particularidade de suportar uma resolução FullHD (1920 x 1080).

Num equipamento nesta gama de preços, isto é muito interessante. Este ecrã, táctil como já foi referido, tem uma boa sensibilidade, embora peque pelo espaçamento existente entre o ecrã e o vidro do sensor, solução que acaba por o tornar menos propício a um uso no exterior, devido aos reflexos da luz solar directa. Onde fiquei menos agradado, em termos de qualidade de construção, foi nos plásticos usados nos botões de energia e de volume, e na desnecessária marcação das portas disponíveis.

Características
Independentemente dessa minha pequena embirração, a realidade é que este híbrido vem bem equipado neste campo: duas portas USB 2.0 na parte do teclado, uma entrada micro USB 3.0 OTG para ligar directamente um dispositivo móvel externo, micro HDMI, ligação jack para auscultadores e um leitor de cartões MicroSD, como forma de ampliar o espaço de armazenamento disponível. Esta poderá ser uma importante limitação se precisar de usar este equipamento para trabalhar em viagem, visto que 32 GB de espaço são algo reduzidos, especialmente se tivermos em conta que só os ficheiros de sistema do Windows 10 ocupam cerca de 16,6 GB (incluí memória virtual e arquivo de hibernação).

Em termos de processamento, este KUBO está equipado com um Intel Atom X5-Z8350, um Quad-Core de 1,44 GHz (que pode atingir os 1,92 GHz em modo Turbo) e um total de 4 GB de memória RAM do tipo DDR3. Este CPU é o único responsável pelos modestos resultados nas medições que, embora fiquem aquém da média de resultados obtidos, são algo enganadores, pois não revelam, ao certo, as capacidades e o funcionamento sem falhas que este híbrido revelou durante a sua utilização.

Durante o período de utilização, vimos um computador com um funcionamento fluído, estável e sem picos de desempenho como aconteceu com alguns modelos equivalentes que acabaram por receber uma classificação superior, apenas devidos aos resultados obtidos nas medições.

 

PCMark 8 (Home) PCMark 8 (Work) PCMark 8 (Autonomia) 3DMark (Cloudgate)
1134 1372 328 minutos 1572
Seguir:
Editor da revista PCGuia, com mais de 10 anos no mercado de publicações tecnológicas. Grande adepto de tudo o que seja tecnológico, ficção científica e quatro rodas.
Exit mobile version