Uma TV com pronúncia do Norte

Equipa Quidbox

A Quidbox criou a TBee, uma box que quer mudar a forma como olhamos para a televisão – e também como a usamos. A empresa promete uma interface simples de utilizar, «feita para humanos», com acesso às aplicações a que estamos habituados nos dispositivos móveis.

 

A história da Quidbox começa em 2014, como uma spin-off da Portlane, uma empresa que tinha operadoras de telecomunicações nacionais e internacionais como clientes. Depois de um estudo de mercado, aliado ao conhecimento de mercado da Portlane, Paulo Silva, que viria a ser director executivo da Quidbox, chegou a uma conclusão: «A oferta existente no mercado era muito semelhante e não dava liberdade de escolha ao utilizador. Isto é, teríamos que utilizar a box que a operadora nos coloca em casa».

Start-up TBee  BI

Assim surgia a TBee, uma box com uma versão personalizada do Android e uma interface que foi trabalhada para «ser simples na sua utilização». O objectivo é o de que o utilizador «não precise de dar muito mais que dois cliques no TBee remote para chegar onde quer neste menu de utilização», explica Paulo Silva. Segundo o mesmo, além da interface simples, o utilizador tem acesso à Google Play Store e pode «descarregar todas as aplicações que já usa no seu dispositivo móvel: redes sociais, videojogos, Spotify, Skype, serviços de armazenamento na cloud, Netflix ou YouTube».

Além destas funcionalidades, a TBee também tem uma câmara incorporada, para que o utilizador possa fazer videochamadas ou controlar a televisão por gestos. A apelar à facilidade, a TBee responde também a comandos de voz, para que possa dar indicações sem precisar do comando. «Queremos englobar um conjunto de funcionalidades que não são suportadas pelas actuais ofertas, para descomplicar a junção dos conteúdos da operadora, da Internet e pessoais», diz o fundador da TBee.

Mas, afinal, a quem é que se destina este projecto? «É difícil definir o público-alvo da TBee, porque foi criada a pensar em todos», explica Paulo Silva. Assim, a box está preparada para «quem gosta de jogar, de ver filmes e séries, de usar redes sociais, para quem faz com frequência videochamadas ou para quem só quer mostrar as fotografias que tirou com o seu telemóvel. É para todos os elementos da família, para desfrutarem sozinhos ou em conjunto», diz o fundador da TBee.

Tbee box

O modelo de negócio da Quidbox não está apenas centrado apenas neste projecto. Sendo uma fabricante de hardware e de software, uma parte das receitas da empresa é proveniente da margem de comercialização. Mas há mais: «Somos uma software house, fazemos aplicações verticais para várias áreas de actividade que estejam relacionadas com o consumidor final, sendo esta também uma das nossas fontes de receitas».

Até agora, a Quidbox aponta uma resposta positiva do mercado à TBee. Ainda assim, ainda há dúvidas por parte dos clientes: «Sabemos que o facto de já existir nas casas dos portugueses algum tipo de box, a maior parte delas dos operadores, faz com que as pessoas fiquem apreensivas em relação a comprar uma outra box e, em alguns casos, não saibam ainda a utilidade desta. Neste caso, deve ressalvar-se que são boxes diferentes e com outras funcionalidades, podendo até ser complementares se forem ligadas à TBee».

Para o futuro, a Quidbox quer continuar a inovar e a criar na área do entretenimento para a casa. Enquanto isso, a empresa analisa as propostas de revendedores de vários países: «Temos já várias propostas em cima da mesa e pretendemos, brevemente, ter a TBee à venda em diversos espaços físicos pelo mundo», conclui Paulo Silva.