Bem vindo à era do Google Pixel!

A Google realizou hoje um evento em S. Francisco, EUA, em que foram apresentadas as principais novidades de hardware que vão compor o portefólio de oferta para o mercado de consumo da empresa de Mountain View.

Google pixel

As estrelas da apresentação foram os, já revelados há muito, Google Pixel. A primeira grande novidade é tratarem-se dos primeiros smartphones que foram desenhados completamente pela própria Google. Não foi revelado qual a empresa que fabrica os terminais, mas os rumores indicam que será provavelmente a HTC.

Os Pixel estarão disponíveis com dois tamanhos de ecrã: 5 e 5,5 polegadas. No entanto, os dois modelos partilham grande parte das especificações, como é o caso do SoC Snapdragon 821, que inclui um processador de quatro núcleos a funciona 2,1 GHz, e 4GB de memória RAM. No campo da armazenagem, as opções disponíveis começam nos 32 e acabam nos 128 GB.

A bateria do modelo de 5 polegadas é de 2770 mAh e a do modelo de 5,5, 3450 mAh.

A câmara principal de ambos os modelos é de 12 MP com uma abertura f/2.0. Neste campo, a Google irá oferecer armazenamento ilimitado no serviço Google Photos de fotos e vídeos em resolução nativa, ou seja, sem perda de qualidade, a todos os clientes que comprarem um Pixel.

No que respeita a software, ambos os modelos incluem a nova versão do Android, 7.1 Nougat, e o novo Google Assistant, um assistente activado por voz que usa vários aspectos de ‘machine learning’ e Inteligência Artificial para conseguir, por exemplo perceber o contexto das ordens dadas pelo utilizador.

Os Pixel estarão disponíveis em três cores com nomes muito descontraídos: “quite” black, “really” blue, ou “very” silver.

Ainda não existe indicação de quando é que vão estar disponíveis no nosso mercado nem quanto é que vão custar. Como indicação, nos EUA, o modelo de entrada de gama custará 649 dólares, cerca de 579 euros.

Sonhar acordado

day-dream

Nesta apresentação a Google também aproveitou para mostrar a nova geração do seu sistema de realidade virtual, que deixou de se chamar Google Cardboard, e que agora se chama Google Daydream View.

No entanto, o funcionamento o novo sistema é basicamente o mesmo: trata-se de um suporte que se usa na cara que usa o smartphone como sistema de reprodução de conteúdos e rastreamento dos movimentos da cabeça do utilizador.

Mas as semelhanças acabam aqui. O novo sistema é feito em tecido, ao contrário da geração anterior, que, como nome indica, era feito em cartão.

Outra novidade é o comando que permite a manipulação de conteúdos e sem que o utilizado tenha de tocar no dispositivo. Este comando também possui um sistema de detecção de movimentos que tem precisão suficiente para a escrita manual. Para que o utilizado não perca o comando, o visor tem um espaço para o guardar. Para além dos novos Pixel, o Daydream View será compatível com terminais Samsung, HTC, ZTE, Huawei, Xiaomi, Alcatel, Asus e LG.

Quanto a conteúdos, para além dos jogos, vários serviços como o Netflix, HBO, The New York Times e Hulu já estão a desenvolver aplicações compatíveis com o Google Day Dream.

Mais uma vez, não existe indicação de preço e disponibilidade em Portugal, mas, nos EUA, o Daydream View chegará em Novembro por 79 dólares, cerca de 70 euros.

4K chega ao Chromecast

A Google acrescentou mais um membro à família de leitores de media Chromecast, com o Chromecast Ultra que tem como característica principal, a possibilidade de reproduzir conteúdos em resolução 4K com sistema de cor HDR (High Dynamic Range) e Dolby Vision.

chromecast ultra

Fisicamente, o novo dispositivo é semelhante aos da geração anterior, mas agora conta também com uma entrada para ligação de rede com fios.

O novo Chromecast chegará aos EUA em Novembro a 79 dólares, cerca de 70 euros. Mais uma vez, não há indicação de preços para Portugal.

Outras novidades

Por fim, a Google apresentou outras duas novidades que não devem chegar ao mercado nacional, o Google Home, um assistente pessoal, activado por voz, que usa o novo Google Assistant, que permite por exemplo controlar uma grande quantidade de dispositivos através da rede doméstica e é compatível com dispositivos da Philips, Samsung e outros fabricantes.

Também foi mostrado o Google Wifi, um router para redes sem fios que usa um sistema que permite a eliminação pontos mortos na rede wi-fi.