«Deixem-me falar sobre a Cabovisão. Talvez seja pela última vez», dizia Miguel Veiga Martins, o CEO da (ainda) Cabovisão. A partir de hoje, a operadora de telecomunicações que se assumia como um operador regional, tem um novo nome. A NOWO (com leitura de novo) é a designação que quer reposicionar a marca como um operador que dá «liberdade de escolha ao consumidor».
A NOWO defende que «o modelo de negócios das telecomunicações já está saturado», como explica o CEO. Assim, a abordagem da NOWO passará por algo descrito como a reinvenção do mercado, com assento numa base de negócio «os clientes só pagam aquilo que usam.» A marca diz querer romper o status quo dos «clientes presos a contratos de fidelização intermináveis», algo que, aliás, será uma das bases da campanha publicitária da operadora.
Assim, a marca assume-se como uma empresa «Internet first», apontando como razões a consciência de que «o móvel é futuro» e que a presença digital é importante. Assim, a escolha de um pacote na NOWO começará pelo serviço de Internet – em que 100 Mbps custarão 19,99 euros por mês (com oferta de 33 canais de TV analógica). Nas comunicações móveis, um cartão custará sete euros por mês, com 2 GB de Internet e 4000 minutos ou SMS.
Explicando que quer «maior transparência», a NOWO tem um período máximo de fidelização de 12 meses, ao contrário dos 24 meses estipulados por parte das operadoras. No entanto, o cliente tem ainda a hipótese de escolher se quer um contrato de permanência de seis meses (com custos de instalação de 30 euros) ou sem contrato de permanência (com custos de instalação de serviço de 50 euros).
Quem for cliente da Cabovisão, terá de decidir se quer mudar para a NOWO. Como explicam os responsáveis, «temos sempre de falar com o cliente. Nem seria justo migrá-los automaticamente.» Por enquanto, não é possível subscrever só o serviço móvel – embora isso não seja descartado a longo prazo.
O rebranding da marca, que contará com uma campanha multi-meios e várias acções promocionais, custou cerca de seis milhões de euros. Para o futuro, a NOWO quer atingir 10% das receitas do mercado global, no prazo de dois anos, e a ambição de chegar a cerca de 400 mil clientes.