Review – iPhone SE

Por: Ricardo Durand
Tempo de leitura: 3 min
iPhone SE

Mas que raio se terá passado na cabeça de quem manda na Apple para que tenha sido lançado este iPhone SE, um clone do iPhone 5, com desempenho superior ao iPhone 6S? Este é daqueles enigmas que se arrisca a ficar na história das tecnologias.

E isto acontece por muitas razões, a primeira das quais sob forma de pergunta: em ano de iPhone 7, o que leva a marca da maçã a ter anunciado, em Março, uma espécie de Frankenstein dos smartphones? O design é exactamente igual ao dos modelos 5 e 5S, apenas com mudanças milimétricas.

Estas podem ser encontradas na traseira, na zona da câmara, agora com um novo flash duplo, um novo orifício para o microfone e uma lente que perde o aro em metal que tinha no primeiro modelo 5, lançado em… 2013.

Em relação ao corpo do 5S, as mudanças no chassis (se é que existiram), são mesmo imperceptíveis ou nenhumas. Talvez a única mudança de encher o olho sejam mesmo as novas cores em que é possível comprar este iPhone: o Rosa e o Dourado.

Se dos modelos 5, o SE (acrónimo de Special Edition – Edição Especial) herda o design, os elementos que estão no interior serão um meio termo entre o que o 6S nos ofereceu e o que o iPhone 7 nos vai dar, lá mais para o Outono deste ano.

Apesar de o hardware ser basicamente o mesmo (chip Apple A9, processador Dual-core a 1,84 GHz, GPU de seis cores PowerVR GT7600, 2 GB de RAM), os nossos testes de desempenho revelaram um smartphone surpreendente, com resultados no AnTuTu que superaram os alcançados pelos 6S e 6S Plus: 122 783 pontos, contra os 58 872 do 6S, mais do dobro.

E deve ser apenas o desempenho a justificar a compra de um novo smartphone nesta altura do campeonato? É claro que não. O iPhone SE tem cerca de 98% das características do iPhone 6S, mas apresenta-as com um embrulho muito datado, que deverá apenas convencer alguns utilizadores mais saudosistas.

O design dos modelos 5 deixou saudades e o iPhone SE poderá ser uma forma de reconciliar os clientes com a marca, depois (do quanto a mim) muito falhado look de todos os iPhone 6.

Ou seja, apenas uma epifania nostálgica pode levar alguém a comprar este iPhone, pois, apesar de ser um excelente smartphone, não tem argumentos seguros para disputar a atenção de um consumidor que tenha mais razão que emoção.

Em ano de iPhone 7, é difícil justificar a opção por esta Special Edition: o preço, apesar de convidativo, continua a ser muito alto; o design tem três anos e as características técnicas (todas repescadas do 6S) não apresentam qualquer novidade nesta altura do ano.

Por: Ricardo Durand Editor
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Começou no jornalismo de tecnologias em 2005 e tem interesse especial por gadgets com ecrã táctil e praias selvagens do Alentejo. É editor do site Trendy e faz regularmente viagens pelo País em busca dos melhores spots para fazer surf. Pode falar com ele pelo email rdurand@pcguia.fidemo.pt.
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