Descomplicómetro – Internet of Things

Por: Pedro Tróia
Tempo de leitura: 3 min

A Internet of Things (IoT), ou em português, Internet das Coisas, é um conceito que foi inventado em 1999 pelo investidor inglês Kevin Ashton, para se referir a uma rede mundial de objectos identificados com etiquetas RF-ID.

Com o passar dos anos este conceito foi evoluindo e, neste momento, define todo o tipo de objectos que tenham algum tipo de electrónica, software, sensores e ligação a uma rede que lhes permite trocarem informação entre si. Estas funcionalidades de comunicação entre objectos permitem que estes sejam detectados e controlados à distância precisamente através da ligação em rede. Isto faz com que exista uma maior integração entre os computadores e o “mundo real”.

Que coisas compõem a ‘Internet das Coisas’?

Praticamente tudo: dispositivos médicos que servem para monitorizar o estado de saúde dos utilizadores, chips injectados em animais que podem servir para monitorizar a sua localização e saúde, dispositivos submersos que medem a qualidade da água numa praia ou num porto, automóveis com sensores que lhes permitem ver o que se passa à sua volta, dispositivos de busca e salvamento. Neste momento, a Internet das Coisas ainda está na “infância” e, por isso, ainda existem poucos produtos.

Um dos primeiros a chegar ao mercado, que se pode considerar como pertencente a esta nova família de dispositivos interligados, foi o conjunto de termóstatos inteligentes Nest, que agora fazem parte do universo Google. Os dispositivos desta marca permitem ajustar a temperatura ambiente de uma habitação através da informação recolhida através de vários sensores espalhados pela casa que comunicam com o termóstato através de uma rede Wi-Fi. O utilizador pode também definir uma temperatura para o local através de uma aplicação para smartphone, mesmo que não esteja em casa. Recentemente a mesma empresa lançou um detector de fumo que também tem um detector de movimento e que permite guiar uma pessoa até à saída, em caso incêndio. Espera-se que, no futuro, a aquisição e montagem de um dispositivo destes seja tão simples como comprar um smartphone.

Problemas de segurança

Várias empresas de segurança informática têm vindo a alertar para os potenciais perigos da partilha dos dados pessoais dos utilizadores. Isto é provocado pelo facto de a quantidade de dados recolhidos sobre um determinado utilizador ser enorme e também porque ainda não existem sistemas que garantam a segurança destes dispositivos em caso de ataque.

[alert variation=”alert-info”]Segundo um estudo da OCDE feito em 2015, Portugal está em décimo lugar na implementação de objectos relacionados com a Internet das Coisas com 16,2 dispositivos por cada 100 habitantes.[/alert]

Sou director da PCGuia há alguns anos e gosto de tecnologia em todas as suas formas. Estou neste mundo muito por culpa da minha curiosidade quase insaciável e por ser um fã de ficção científica.
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