Como usar o gestor de discos do Windows para criar uma partição para armazenagem de dados

Por: Pedro Tróia
Tempo de leitura: 9 min

Não há nada como ter os ficheiros ordenados numa partição própria no disco. Mostramos-lhe como fazer.

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[toggle title=”De que precisa”]

Windows XP, Vista, 7 e 8

Muito cuidado.

A ferramenta de gestão de disco que acompanha o Windows está um pouco escondida no sistema operativo e com razão, porque pode destruir todos os dados que tem gravados na sua máquina. Por isso, leia bem os passos antes de tentar fazer seja o que for.[/toggle]
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O todas as versões do Windows incluem uma ferramenta que se chama Gestão de Discos, que, como o nome indica, permite gerir os discos rígidos que tem instalados no seu computador.

Mas não só, neste programa aparecem também todos os tipos de sistemas de armazenagem de dados, sejam eles USB ou ópticos.

Este programa permite-lhe particionar e formatar discos, atribuir letras, diminuir o tamanho de uma partição e mesmo mudar o sistema de ficheiros que usa.

No Windows 8, para activar o programa use a combinação de teclas Windows+X e escolha “Gestão de discos”. A interface do programa tem duas partes: a parte de cima mostra-lhe uma lista das partições que podem ser usadas pelo Windows e a parte de baixo mostra-lhe a lista das drives que o Windows detectou.

[alert variation=”alert-info”]Partições por defeito

Normalmente um disco inclui várias partições, embora em alguns casos não estejam disponíveis ao utilizador. Para que o sistema operativo saiba onde é que as partições estão no disco, existe uma tabela gravada numa zona especial chamada Master Boot Record. Esta tabela está dividida em quatro partes, cada uma corresponde a uma partição “primária”.

Devido a este facto só se podem ter quatro partições primárias por disco. Para ultrapassar esta limitação, criou-se um tipo de partição diferente chamado “partição extendida”, que pode albergar até 24 partições lógicas (leia-se virtuais).

Os PC mais recentes substituíram a BIOS (Basic Input Output System) por um novo sistema de configuração chamado EFI (Extensible Firmware Interface) que permite ultrapassar a limitação do número de partições primárias sem a necessidade de se criarem partições estendidas. Cada disco rígido de arranque também alberga uma partição “activa”, que contém um programa chamado “boot loader”, que serve para fazer arrancar o sistema operativo quando liga a máquina.[/alert]

 

Dividir para reinar

Na grande maioria dos casos os PC só têm um único disco rígido configurado numa única partição. Para grande parte dos utilizadores este arranjo funciona bem, mas se, por exemplo, quiser instalar um segundo sistema operativo na máquina, vai ter de adicionar uma nova partição.

Uma outra boa razão para criar uma partição no disco é arranjar um espaço separado para a guardar os ficheiros. Esta organização melhora a performance da máquina e permite uma organização de ficheiros mais eficaz.

Antes de particionar o disco vai ter de reduzir o espaço ocupado pela partição que já lá está para arranjar espaço para a nova. Para tal aceda ao programa de gestão de discos e clique com o botão direito do rato em cima da partição principal e escolha a opção “Reduzir Volume”.

Na caixa que aparece de seguida é-lhe mostrada a capacidade total do volume que quer reduzir e também para que capacidade é que pode reduzir o volume.

Lembre-se de que não pode reduzir o volume abaixo deste valor.

Para criar uma nova partição ou volume, especifique o tamanho em megabytes, por isso, se quiser criar uma partição de 30 GB insira 30000 MB (não é o número certo mas está lá muito próximo). Pode depois escolher a opção “Reduzir” para iniciar o processo.

Depois de acabado o processo vai aparecer uma nova zona na barra correspondente ao disco a indicar o espaço que ficou livre.

 

Usar

Se quiser usar o espaço livre para instalar um novo sistema operativo pode fechar a caixa de diálogo e reiniciar a máquina. Quando chegar à parte de escolher uma partição para instalar o segundo sistema operativo pode escolher este espaço não usado.

Se quiser usar o espaço libertado para guardar dados terá primeiro de criar uma partição nesse espaço. Para o fazer clique com o botão direito do rato em cima do espaço livre, no menu que aparece clique na opção “Novo volume simples”. Isto activa o assistente de criação de novas partições.

A primeira coisa que lhe é perguntada é o tamanho que vai ser usado. Pode escolher todo o espaço que libertou anteriormente ou parte. Depois deve escolher a letra de designará essa drive. A seguir escolhe o sistema de ficheiros que vai usar (deve optar pelo NTFS). Apenas deve usar o FAT32 se quiser usar sistemas operativos mais antigos como o Windows 95 ou 98.

O passo final é escolher um nome para a partição que o vai ajudar a distinguir o volume que acaba de criar dos outros que já existem. Depois é só premir “Terminar”.

 

Sopa de letras

O Windows atribui uma letra a cada drive que usa. Normalmente essa atribuição é sequencial, a partir da letra “C” (que é atribuída por defeito à drive de arranque onde está instalado o sistema operativo). Efectivamente, a drive de arranque é a única à qual não pode mudar a letra.

Mudar a letra da drive onde os programas estão instalados (se for diferente da drive de arranque) também pode fazer com que deixem de trabalhar.

Para mudar a letra da drive, abra o Gestor de Discos. Clique com o botão direito do rato em cima da drive à qual quer mudar a letra e escolha “Mudar a letra do volume e caminho”, escolha a letra que quiser e clique em “OK”.

Chegámos ao fim deste tutorial, mas apenas arranhámos a superfície do Gestor de Discos, explore um pouco mais para aprender um pouco mais.

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[toggle title=”Descodificando”]

Partição

Também conhecida por “Volume”, é um espaço dentro de um disco ao qual é atribuída uma letra única no sistema para o distinguir dos outros.

Um disco pode conter vários volumes ou partições.

Sistema de ficheiros

A codificação de dados gravados num disco. Por exemplo, o Windows XP, Vista, 7 e 8 usam por defeito o NTFS e as versões mais antigas como o 95 ou 98 usam o FAT 32.

As principais diferenças entre eles são a resistência aos erros, a forma como os dados são gravados e o tamanho máximo dos ficheiros.

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PASSO-A-PASSO

Usar um disco como se fosse uma pasta de forma a aumentar o espaço de armazenagem.

1. Quando adiciona um disco ao seu sistema pode “montá-lo” numa pasta de forma a que não fique separado do disco que já está instalado. Quando copiar ou instalar dados para essa pasta, está, na realidade, a copiá-los para um disco diferente.

Escolher o discoAceda ao programa Gestão de Discos e depois clique no disco ou partição que quer montar na pasta.

No menu escolha a opção “Mudar letra e caminho do volume”.

2. Na caixa seguinte, clique em “Adicionar” e escolha uma pasta vazia onde irá montar o disco. Se não tiver essa pasta, pode criar uma a partir daqui.

3. E é tudo. A nova drive comporta-se como uma pasta e pode ser usada como tal.

Sou director da PCGuia há alguns anos e gosto de tecnologia em todas as suas formas. Estou neste mundo muito por culpa da minha curiosidade quase insaciável e por ser um fã de ficção científica.
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